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Trump e Kim, Kim e Trump: paz na península coreana

13 de junho de 2018
Escrito por Terraco Econômico
Tempo de leitura: 3 min
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Estamos todos boquiabertos com as imagens do líder norte coreano, até pouco tempo atrás um pitbull nuclear, cumprimentando amistosamente o presidente e líder dos EUA, Donald Trump, em um encontro histórico que aconteceu em Cingapura, no último dia 12 de junho. O resultado, além do encontro, que por si só já é uma vitória política para Trump, mas também é positivo para o mundo e para Coreia do Sul, que ganha com a paz, e até mesmo para o miserável povo da Coreia do Norte, que poderá se beneficiar de um eventual fim das sanções.

O encontro tem como resultado um documento dizendo que a Coreia do Norte se compromete a uma completa desnuclearização. Além disso, os EUA se comprometeram a parar os exercícios militares na Coreia do Sul, o que pode economizar uma boa quantia de dinheiro. Muitos classificaram o documento como ‘vago’, pois não estabelece prazos nem garantias para o acordo. É importante lembrar que Trump foi um ferrenho crítico do acordo firmado com o Irã, pois entendia que o país árabe não estava cumprindo com suas obrigações previstas, e acabou saindo do acordo neste ano.

O Programa de desnuclearização completa da península coreana pode ser visto como uma troca, uma vez que diversos cientistas políticos vinham dizendo que o programa nuclear do Norte tinha como objetivo construir um capital diplomático que poderia ser trocado por algum alento econômico. Aparentemente, essa é a rota escolhida pelo neto do fundador da Coreia do Norte. Seria o início de uma modernização?

Do lado de Trump, existe claramente uma vitória diplomática. Nesta questão da pacificação das Coreias, ele fez mais do que qualquer outro presidente americano desde Truman e Eisenhower, homens que estavam diretamente envolvidos com a guerra da Coreia, nos anos 50, que resultou em fissurar ao meio a península coreana, com consequências nefastas sobre o desenvolvimento econômico do país do Norte.

O mandato de Trump

Vitória que vem em um momento que Trump já colhe excelentes resultados na economia, como altas generalizadas no mercado financeiro americano, baixíssimas taxas de desemprego (inclusive entre hispânicos, negros e mulheres) e elevada expectativa dos agentes (consumidores e produtores). Se pelo lado social ele tem sido bastante questionado, como por exemplo pela intenção de levar a cabo a construção do muro que separa os EUA do México ou ainda de lutar para acabar com o ObamaCare (uma espécie de seguro saúde para todos), pelo lado econômico o presidente americano é quase uma unanimidade, pelo menos é o que mostram os resultados de curto-prazo.

Pelo prisma político, ao escrever certo por linhas tortas, Trump prossegue em sua estratégia de bater e depois suavizar, como foi o caso das ameaças veladas de ataque ao país comunista logo no início de 2018, no episódio do ‘tamanho’ dos botões nucleares. Em outras ocasiões, se utiliza de blefes e jogadas bem pensadas, como foi o caso da reunião do G7, na qual ele defendeu a retirada de barreiras alfandegárias entre os países membros, mesmo após criar tarifas para a entrada de aço e alumínio nos EUA.

E se ao invés de nos separarmos em bolhas de interesse, como esquerda e direita, coxinhas e petralhas ou conservadores e liberais, nos atentássemos mais as ideias e menos as pessoas? O encontro histórico de Kim Jon Un e Donald Trump buscando a paz, que poderá eventualmente retirar milhões de norte coreanos da pobreza extrema, é um ato para aplaudir de pé, independente da ideologia.

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