Nem chegamos a marca de 60 dias em 2018 e muita água já passou debaixo da ponte eleitoral, e olha que as eleições são apenas em outubro. Dois importantes possíveis candidatos, inclusive, já são cartas fora do baralho: Huck e Lula. Isso abre um espaço enorme para a centro direita, que aqui nos referimos apenas como centro.
Logo os candidatos que vendiam a esperança de um Brasil tão feliz quanto as pessoas que recebem reformas surpresas em seus carros e casas e o candidato que chegou a dar esperança de dias melhores, não estarão na jogada. A ausência de Huck e Lula abre um vácuo interessante, e, na política brasileira, vácuos não existem por muito tempo: rapidamente são preenchidos.
Meirelles, Alckmin e o próprio Temer são os prováveis que disputarão este espaço. O primeiro e o último ainda não decidiram nada, apenas o segundo já sinalizou claramente o desejo de ser o candidato pelo PSDB.
A esquerda não tem nome nenhum capaz de seguir em frente após a impossibilidade de Lula. A direita extremada tem Bolsonaro, que vacila em se dirigir em direção ao centro e com um discurso econômico esquizofrênico e ainda pouco claro.
Ao que tudo indica, os rumos irão emanar ao centro.
O centrismo é uma novidade em termos de disputa presidencial. Desde a primeira eleição pós redemocratização, sempre se pintou um quadro de grande polaridade, a esquerda contra a direita, principalmente no segundo turno, o povo contra o capital e as mais diversas alegorias manequistas. Em 2018, é bastante provável que exista um discurso mais uniforme entre aqueles com reais chances de vitória.
A uniformidade do discurso é uma boa notícia para o país, dado o conteúdo e forma das opiniões dos possíveis candidatos centristas. Todos entendem a fragilidade fiscal do país, a necessidade de uma abrangente reforma do Estado e parecem abraçar uma agenda mais liberal. Então, para os mercados, o cenário é um tanto quanto animador, graças a uniformidade desse grupo.
Porém, sempre existe o perigo populista. Lula não concorrerá, mas ainda tem um poder, não desprezível de transferir votos (vide Dilma em 2010). Logo, um candidato da esquerda com um discurso alinhado ao de Lula é sim uma ameaça possível. Bolsonaro, populista e autoritário também deve amealhar alguns bons votos. Nesses candidatos residem os perigos para a economia, e, dado algumas falas destes grupos, até mesmo perigos para a democracia.
Portanto, o principal desafio de 2018 é vencer o populismo e abrir caminho para o centro. Neste trajeto não vai importar muito quem vencer, pois as agendas dos 3 principais nomes centristas parecem ter enorme sobreposição, além do importantíssimo fato de que todos estão sendo assessorados por especialistas renomados. Uma vez vencido o perigoso discurso populista, a chance de um futuro melhor será bastante grande.
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