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Mercados por TradingView

Segundo Tempo: Preenchimento de espaços

21 de março de 2018
Escrito por Ignacio Crespo
Tempo de leitura: 6 min
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Introdução: Apesar das quedas na maioria das bolsas da Europa, as bolsas americanas operam em alta. O dólar perde forças ao redor do mundo, com os investidores aguardando a decisão do Fed. No Brasil, os mercados vão reagindo de forma positiva: dólar e DIs em queda, e bolsa em alta. Atenção às sinalizações do Fed e do nosso Banco Central.


CENÁRIO EXTERNO: À espera do Fed, bolsas de EUA sobem.

O “básico” dos mercados… Na Europa, as bolsas devem encerrar a sessão no vermelho. Nos EUA, as bolsas ganham forças, e operam em alta, puxadas pelo setor de energia. Já o dólar perde forças, e recua, frente às moedas do G-10 e emergentes. Em suma, o quadro externo dá continuidade ao cenário observado mais cedo.

À espera das 15 hrs…  As taxas de juros americanas devem avançar de 1,25-1,50% para 1,50-1,75% ao ano. Sem surpresas. A expectativa fica por conta das sinalizações e divulgação das novas projeções oficiais do Fed (falamos disto no Mercados Hoje). Tais projeções podem sinalizar um Fed mais “hawkish”. Sendo mais claro: pode indicar 4 elevações de juros em 2018, e não 3.

“Efeito Fed”…  É neste contexto de economias mais fortes – e, portanto, perspectivas de aumento de inflação, diante de um mercado de trabalho em “pleno” emprego – que vale entender aquilo que tem acontecido no mercado de juros soberanos. Nos EUA, os papéis de 10 anos chegaram a superar a marca de 2,90%. No início do ano estava em 2,40%. A taxa dos papéis de 12 meses está ao redor de 2,05%, contra uma média de 0,5% nos últimos 5 anos.


Agenda americana…  Embora tenha ficado em 2º plano, as vendas de moradias usadas avançaram 3% m/m em fevereiro – número acima do esperado pelo mercado (+0,4%, segundo a Bloomberg). Ainda pela manhã, foram divulgados os dados semanais de petróleo dos EUA. Segundo o Departamento de Energia (DoE), os estoques recuaram 2,622 milhões de barris, enquanto a projeção era de alta de 2,4 milhões. Isto foi algo que impulsionou as cotações do petróleo, e impulsionou os ganhos dos papéis ligados à commodity. O brent, ao redor das 14h30, oscilava próximo de US$69/barril.


BRASIL: TRF-4; Flavio Rocha; e atenções à decisão do Copom.

Fica pra próxima… O TRF-4 marcou para a próxima 2ª feira, dia 26, o julgamento dos embargos de declaração apresentados pela defesa do ex-presidente Lula. O julgamento é decisivo para o ex-presidente que, em breve, poderia ser preso, caso seja mantido o entendimento do STF.

Pressão continua… A expectativa é que o STF discuta, nesta 4ª, em sessão do plenário, os processos que podem revisar esse entendimento da corte. A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, presidirá a sessão. Conforme falamos no Mercados Hoje, “o STF segue sob pressão”.

Sobre a Reoneração… Temer pediu prioridade à Câmara para votar o projeto de reoneração da folha de pagamentos. Afinal, esses recursos serão utilizados para financiar a intervenção do governo no RJ. Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, colocará em votação a urgência do projeto. “Mandarei todos os recursos necessários”, disse Maia em resposta a Temer.

Mais um na disputa? Em entrevista à Reuters, Flávio Rocha, presidente executivo da Riachuelo, disse que vai concorrer à Presidência. O executivo já estaria em conversa com 6 partidos para definir a sua filiação. Rocha seria o representante do “neoliberalismo” da economia; e do “conservadorismo” dos costumes, apontam alguns. O executivo disputaria a vaga com outros pré candidatos da “centro-direita”, como Maia (DEM) e Alckmin (PSDB).

 

“O candidato liberal na economia e conservador nos costumes, comprometido com as reformas para (o Brasil) voltar a ser competitivo é o candidato que está faltando… esse é o espaço que pretendo preencher”, Flavio Rocha, da Riachuelo.

 

Mercados “bem, obrigado” (por enquanto)… Em meio a este contexto, o Ibovespa sobe, e DIs e dólar são pressionados para baixo. A percepção de risco-país, medida pelo CDS de 5 anos, opera próximo à estabilidade (ao redor de 161 pontos base). Em relação à bolsa: o início da sessão foi de uma ligeira queda, mas, logo em seguida, o índice se recuperou. Foi puxado por Vale, Petrobras e Suzano (os papéis que mais contribuíam, em pontos, para o índice).

Fique de olho… Do lado macro, o destaque segue com a decisão do Copom (hoje, ao redor das 18hrs). A Selic deve passar de 6,75% para 6,50%. As atenções se voltam para o tom do comunicado oficial. Falamos disto mais cedo “acreditamos que o BC manterá a possibilidade de novo corte a partir de maio, embora acreditemos que a Selic deva permanecer em 6,50% por algum tempo”.


    Sobre as oscilações do pregão:

    Ibovespa: +0,49%, aos 84.575 pontos;
    Real/Dólar: -0,96%, cotado a R$3,279;
    Dólar Index: -0,20%, 90,190;
    DI Jan/21: -05 pontos base; 8,250%;
    S&P 500: +0,29%, aos 2.725 pontos.

    *Por volta das 14h27, horário de Brasília. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg.

    Contatos

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    Luis Gustavo Pereira – CNPI
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    Rafael Gad
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