Introdução: O exterior segue ligeiramente mais favorável para ativos de risco, embora continue no radar a relação EUA-Rússia-Síria, e os receios comerciais envolvendo EUA e China. O dólar segue mais forte lá fora. As bolsas dos EUA sobem. Aqui, no Brasil, dados fracos do varejo fazem preço no mercado de juros. A CNI projeta crescimento de 2,6% neste ano do PIB, abaixo dos 2,8% esperados pelo mercado como um todo. Guardia, da Fazenda, fala que possível mudança de meta de inflação não partiu dos membros do CMN.

CENÁRIO EXTERNO: VOLATILIDADE MAIS BAIXA HOJE.

Sobre os mercados… As bolsas da Europa conseguiram se recuperar, após sessão fraca na Ásia. Nos EUA, S&P 500 e Dow Jones sobem, em dia de menor aversão a risco e fortalecimento do dólar. O ambiente para a tomada de risco melhorou na margem nas últimas horas (o índice VIX recua ao redor de 8%), mas questões geopolíticas (EUA-Rússia-Síria) e comerciais (EUA-China) seguem no radar dos investidores. Vale, portanto, a cautela. Artigo do Financial Times se faz uma pergunta interessante (considerando recentes eventos): “Como o vírus da volatilidade infectou Wall Street?”.

BRASIL: MERCADOS REAGEM A VAREJO MAIS FRACO.

Sobre os mercados… Os juros futuros recuam, após o IBGE divulgar dados do varejo abaixo do esperado pelo mercado. Ao redor das 13h30, o DI para jan/21 recuava 8 pontos base, em 8,00%. O dólar, que começou o dia em baixa, volta a subir. Oscila ao redor de R$3,38. Por fim, o Ibovespa mostra direção menos clara, e oscila ao redor dos 85,290 mil pontos.

Sobre o varejo… As vendas no varejo de fevereiro vieram abaixo do esperado. Frente a janeiro, as vendas recuaram 0,2%, contra expectativa de crescimento de 0,7%. Na comparação com fev/17, cresceram 1,3%, abaixo dos 3,5% esperados. Desta forma, no ano, o varejo acumula alta de 2,3% e, em 12 meses, cresce 2,8%. Embora mais fracos do que o antecipado, acreditamos que o varejo segue numa tendência de melhora…

E agora? Neste contexto, é possível que o mercado siga revisando as projeções do PIB de 2018 para baixo. Hoje, a mediana aponta para um crescimento de 2,80%. O governo ainda prevê 3,00%. A CNI, em relatório , reportou que prevê 2,6%. Para 2019, o mercado, segundo o Boletim Focus, ainda prevê +3,00%.

Lava Jato nas ruas… Agentes da PF e do MPF estão nas ruas do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, para cumprir 10 mandados de prisão contra suspeitos de fraudar os fundos de pensão Postalis e Serpros. Este é um desdobramento da Lava Jato no Rio.

Sobre as pesquisas eleitorais… Já falamos pela manhã mas, diante da possível repercussão sobre os mercados, vale ressaltar: nos próximos dias, saem pesquisas Datafolha (domingo, dia 15) e Vox Populi (3ª, dia 17), referindo-se à corrida ao Planalto. As datas de divulgações foram reportadas no registro no TSE.

Com Barbosa, sem Rebelo… O ex-ministro da Defesa, Esportes e Relações Institucionais nos governos de Lula e Dilma, Aldo Rebelo anunciou que vai se afastar do PSB devido à filiação do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa. Mas afirmou que continuará apoiando projetos regionais, como a candidatura de Márcio França ao governo de SP, por exemplo.

Mudança de meta é apenas especulação… Segundo notícia do Broadcast, a possibilidade de mudança da meta de inflação para 2021, de 4,00% para 3,75%, estaria equivocada. Aliás, Eduardo Guardia, o ministro da Fazenda, afirmou que não saiu do CMN. Como falamos pela manhã, esta possibilidade havia sido ventilada no jornal O Globo de hoje.

Sobre o caso-Eletrobrás… Ao contrário daquilo que reportamos pela manhã – e que vinha sendo ventilado na mídia –, o decreto para incluir a Eletrobrás no Programa de Desestatização Nacional não foi publicado hoje no Diário Oficial da União. O Planalto afirmou que não há data para isto. Aliás, vale o registro: contrários à privatização, sindicalistas convocaram greve geral dos funcionários em todos os estados onde há atuação da empresa.

Sobre as oscilações do pregão:

Ibovespa: +0,17%, aos 85.394 pontos;
Real/Dólar: +0,36%, cotado a R$3,387;
Dólar Index: 0,25%, 89,791;
DI Jan/21: -09 pontos base; 8,000%;
S&P 500: +1,07%, aos 2.674 pontos.

*Por volta das 14h03, horário de Brasília. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg.

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