Introdução: As bolsas da Europa fecharam com viés positivo, e os mercados americanos passam por mais uma realização. O dólar permanece lá fora, diante da expectativa de juros dos EUA mais alta; enquanto commodities seguem mistas. No Brasil, Ibovespa recua, e opera próximo dos 85 mil pontos. Do lado político, investidores atentos ao fluxo de notícias envolvendo as eleições. Do lado macro, IPCA-15 é destaque.

CENÁRIO EXTERNO: DIA MENOS FAVORÁVEL.

O “básico” dos mercados… As bolsas europeias perderam forças ao longo do dia, mas ainda assim, encerram a sessão em alta, em sua maioria. O índice Stoxx 600, por exemplo, ficou próximo à estabilidade; mas as bolsas de Reino Unido (FTSE) e Espanha (IBEX) fecharam com ganhos. Nos EUA, Dow Jones e S&P 500 recuam. Em dia de agenda mais fraca, as atenções se voltam aos balanços das empresas.

Mais dos mercados… O dólar permanece firme frente aos seus principais pares. É neste contexto de uma economia americana mais forte – e, assim, perspectivas de aumento de inflação em meio a um mercado de trabalho em “pleno” emprego – que o mercado começa a precificar um Fed mais hackwish. Ou seja: começa a ganhar força uma 4ª elevação nos juros americanos. E, portanto, esse movimento deve permanecer nas próximas semanas…

Barril concentra as atenções… As commodities perderam forças ao longo do dia, e têm dia misto. O barril do brent , em especial, recua e segue pouco abaixo dos US$ 74/barril. A expectativa fica por conta da reunião da Opep, na Arábia Saudita, que decidem sobre o acordo de corte na oferta da commodity. Falamos disto no Mercados Hoje. Em resposta a Trump, o ministro do Petróleo saudita, Khalid al-Falih, disse que “os mercados é que determinam os preços”. Mais: disse que os cortes na oferta da Opep estariam “longe de terminar”. Isto é algo que impõe cautela para os investidores, que voltam a especular sobre o rumo das cotações da commodity.

BRASIL: IBOVESPA RECUA, E OSCILA PRÓXIMO DOS 85 MIL PONTOS.

Mercados… O Ibovespa opera em queda, desde a abertura do pregão. Ao redor das 15h, horário de Brasília, o índice recuava próximo de 0,5%, interrompendo sua sequencia de 3 altas. O mau humor do exterior e o desempenho mais fraco das commodities são fatores que pressionam os ativos locais para baixo. Como temos ressaltado nos últimos relatórios, seguimos ainda influenciados pelo quadro internacional…

Destaques do índice… Natura é destaque positivo na sessão após Companhia anunciar novas projeções de receita e Ebitda para os próximos anos. Números bem positivos, por sinal. Na outra ponta, Usiminas recua após números do 1º tri (veja mais no Guide Empresas).

O dia D… Segundo o Drive, o prazo para Geraldo Alckmin (PSDB-SP) se firmar como candidato à presidência é 15 de junho. Ou seja: o tucano precisa demonstrar ao partido que é competitivo para ganhar as eleições. Caso contrário, surgirão “novas possibilidades”.

Inflação ainda fraca… O destaque, do lado macro, era o IPCA-15 de abril. Segundo o IBGE, a inflação acelerou 0,21%, abaixo dos 0,25% esperados pelo mercado; e, em 12 meses, permaneceu em 2,80%. Saúde e Cuidados Pessoais contribuíram para manter a inflação em baixa.

Mais sobre os mercados… Em linha com aquilo que esperávamos pela manhã, dólar e a percepção de risco país, medida pelo CDS de 5 anos vinham apresentando um viés altista. O CDS, por sinal, sobe mais de 2%. No geral, os mercados acompanham os movimentos do exterior. No mercado de juros, DIs mais curtos recuam, em linha com os números de inflação mais fracos.

Sobre as oscilações do pregão:

Ibovespa: -0,32%, aos 85.545 pontos;
Real/Dólar: +0,55%, cotado a R$3,403;
Dólar Index: +0,36%, 90,207;
DI Jan/21: -06 pontos base; 7,850%;
S&P 500: -0,69%, aos 2.675 pontos.

*Por volta das 15h02, horário de Brasília. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg.

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