Introdução: Investidores monitoram de perto a economia dos EUA. A confiança do consumidor continua em nível alto, e não recuou, ao contrário do que se esperava. O dólar tem leve recuo no exterior, mas as bolsas oscilam sem direções claras em NY. Aqui, Ibovespa tem leve baixa, e balanços das empresas fazem preço. O varejo veio acima do esperado. O dólar segue pressionado para cima, e se aproxima de R$3,60.

CENÁRIO EXTERNO: CONFIANÇA NOS EUA SEGUE ELEVADA.

O “básico” dos mercados… As bolsas da Europa fecharam em ligeira alta. O índice Stoxx 600, que monitora empresas em diversos países da região, fechou com alta de 0,11%. Nos EUA, as bolsas operam sem direções claras, após sinalizarem um início de dia mais positivo pela manhã. Commodities ainda operam com viés baixista, apesar de o dólar registrar leve queda hoje. O barril do brent , no entanto, se mantém na casa dos US$77. Por fim, os juros das Treasuries avançam (10 anos ~2,97%, às 15h, horário de Brasília).

Confiança dos consumidores nos EUA… O índice calculado pela Universidade de Michigan veio acima do esperado pelo mercado: em maio, manteve-se em 98,8 pontos, acima dos 98,3 do mês anterior. O índice segue em nível forte, e alto.

BRASIL: VIÉS MAIS NEGATIVO PREVALECE.

Sobre os mercados locais… Após início de sessão mais positivo, o Ibovespa perdeu forças ao longo do pregão. Por volta das 14h, o índice recuava 0,4%, oscilando na marca dos 85-86 mil pontos, em linha com o desempenho misto das bolsas no exterior. Os ganhos de Vale e Petrobras são ofuscados pelas baixas de Kroton e Estácio.

E os balanços… Os resultados do 1º tri influenciam no movimento do Ibovespa, é claro. Neste início de tarde, Natura avançava mais de 15%; B2W tinha alta de 9%; e Cosan subia 2%. Na outra ponta, Sabesp tinha baixa de 5%, após números abaixo do esperado pelos analistas. Confira mais nossas coberturas dos balanços no Guide Empresas, com mais detalhes.

Vendas no varejo em março… A recuperação foi melhor do que a esperada. Frente a fevereiro, cresceu 0,3%, contra os 0,2% esperados. Considerando o conceito ampliado (que considera veículos e materiais de construção), as vendas cresceram 1,1%, acima dos 0,7% esperados. Vale pontuar: a venda de veículos, por exemplo, subiu 2,9% no mês, e 15,9% frente a março de 2017. O mês teve uma melhora disseminada. Segue o viés de recuperação em curso, embora gradual, desde outubro de 2016.

Um pouco mais dos mercados… Durante grande parte do dia, o dólar e os DIs foram pressionados para cima. A percepção de risco país, medida pelo CDS de 5 anos, opera sem direção muito clara (oscila ao redor dos 185 pontos base). Prevalece, de qualquer forma, um viés ligeiramente mais negativo para mercados locais.

Alívio dura pouco… Assim, como dissemos nesta manhã, parece-nos difícil apostar em grande alívio nos mercados dos emergentes. Mais cedo, falamos: “Vale notar: o quadro, no curto prazo, segue sendo mais desafiador para os mercados locais”, embora tivéssemos dito que esperávamos, no início do dia, algum impulso por conta do exterior.

Sobre as oscilações do pregão:

Ibovespa: : -0,44%, aos 85.483 pontos;
Real/Dólar: +1,43%, cotado a R$3,600;
Dólar Index: -0,11%, 92,549;
DI Jan/21: +07 pontos base; 8,330%;
S&P 500: -0,93%, aos 2.723 pontos.

*Por volta das 16h09, horário de Brasília. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg.

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