Mercados por TradingView
O “básico” dos mercados… As bolsas da Europa encerraram o dia em baixa. Nos EUA, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq operam próximas à estabilidade, sem direções claras. O setor tech limita as perdas das bolsas globais, após números mais positivos do Twitter, por exemplo. As commodities ainda apresentam um viés baixista, enquanto o dólar ganha forças frente a seus principais pares. Frente às moedas dos emergentes, o dólar permanece misto. Os juros das Treasuries, que têm concentrado as atenções dos investidores, avançam mais um dia (10 anos ao redor de 3,03%).
Barril, entre altas e baixas… A commodity perdeu forças após a divulgação dos dados semanais, segundo o Departamento de Energia (DoE) dos EUA. Segundo o relatório, houve um aumento nos estoques atingindo 2,17 milhões de barris. A expectativa era de uma queda nos estoques próximo de 1,7 milhão de barris. Ainda assim, destacamos a performance do brent em abril (+4,5%). No ano, a valorização é de 10%. Após oscilar entre US$74-75/barril, o barril opera na casa dos US$73/barril.
Ainda sobre energia… Na 3ª feira, Donald Trump, e o presidente francês, Emmanuel Macron, sinalizaram algumas medidas para conter o Irã a avançar em seu programa nuclear. Trump foi mais direto e ameaçou retaliar o regime iraniano caso o governo retome as suas operações nucleares. Já Macron busca uma saída diplomática.
Sobre os mercados locais… Em linha com o esperado, a bolsa recua, e pressões de alta são registradas nos mercados de câmbio e juros. O Ibovespa se sustenta pouco acima dos 85 mil pontos. O dólar oscila próximo de R$3,50. O CDS de 5 anos, que mede a percepção de risco país, sobe 1% (ao redor de 173 pontos base, por volta das 15h). Fatores externos (receio de um Fed mais agressivo, em especial) e quadro eleitoral ainda incerto influenciam nos movimentos dos mercados.
Sobre o Ibovespa… Petrobrás e Vale são as princiapis baixas (em pontos) do Ibovespa, neste início de tarde. O movimento segue em linha com a desvalorização da maioria das commodities. Por outro lado, o setor de saúde é destaque positivo. Hoje, as ações da Hapvida começaram as negociações. Os papéis avançavam mais de 16%. NotreDame Intermédica e Qualicop se valorizam, na sequência.
O “Caso-Lula” rouba atenções… O mercado segue digerindo (com cautela) a decisão do STF de retirar do juiz Sérgio Moro as menções da delação da Odebrecht ao ex-presidente Lula, no caso do sítio de Atibaia (SP) e do Instituto Lula. A defesa do Lula tentará anular a sentença do juiz Moro no caso do tríplex. Os advogados estudam a forma e o timing para agir. Os argumentos estão formulados. O processo do tríplex, segundo os advogados, não teria conexão com as irregularidades na Petrobras. Ou seja: Moro não seria o juiz competente para julgar o ex-presidente, neste caso.
Entre tapas e beijos…. Segundo o DRIVE, o PSDB quer o apoio do MDB nas eleições. E o MDB, de Temer, aceita apoiar a chapa do PSDB para o Planalto somente se o candidato não for Geraldo Alckmin. Uma saída pode ser substituir Alckmin na chapa pelo ex-prefeito de São Paulo João Doria. Este último, diga-se de passagem, tem pedido estudos para analisar a sua viabilidade…
Em suma… O quadro ainda é de cautela nos mercados locais. Afinal, a corrida eleitoral segue em aberto, algo que deve deixar os mercados domésticos ainda voláteis. Nos próximos 60 dias (ao menos até o início de julho), estas negociações continuarão. Até lá, espera-se que as coligações fiquem mais claras. No curto prazo, as atenções estarão voltadas à temporada de balanços – algo que pode dar ao Ibovespa algum alívio, diante das eleições e do exterior.
Sobre as oscilações do pregão:
Ibovespa: -0,41%, aos 85.121 pontos;
Real/Dólar: +0,98%, cotado a R$3,506;
Dólar Index: +0,43%, 91,157;
DI Jan/21: +06 pontos base; 8,00%;
S&P 500: -0,03%, aos 2.635 pontos.
*Por volta das 14h49, horário de Brasília. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg.
Renda Variável*
Luis Gustavo Pereira – CNPI
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Equipe Econômica
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Rafael Gad
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