Introdução: As bolsas seguem sem fôlego nos EUA. Na Europa, mercados encerram com leve ganhos. Lá fora, investidores estão à espera da decisão do Fed,. Do lado macro, dados da agenda dos EUA são destaques. Já o dólar segue em alta no exterior. No Brasil, o viés de alta para o dólar também prevalece. Sobem os DIs (especialmente os mais curtos), e o Ibovespa tem leve baixa (oscila entre 84-85 mil pontos, próximo das 14h).

CENÁRIO EXTERNO: ATENTOS AO FED.

O “básico” dos mercados… O dólar segue forte no exterior, e fortalece-se frente a principais pares e moedas de emergentes. Os juros das Treasuries seguem em alta. O de10 anos, em especial, segue ao redor de 2,97%. As bolsas na Europa encerraram no campo positivo. Nos EUA, Dow Jones e S&P 500 perdem fôlego, à espera da decisão do Fed.

À espera das 15 hrs… As taxas de juros americanas devem permanecer entre 1,50-1,75% ao ano. Sem surpresas. A expectativa fica por conta do tom do comunicado e sinalizações com relação ao comportamento da inflação dos EUA (falamos disto no Mercados Hoje). O comunicado pode indicar um Fed mais “hawkish” que o esperado pelo mercado. Sendo mais claro: pode mostrar uma 4ª elevações de juros em 2018, e não 3.

Mercado de trabalho americano… Segundo relatório ADP, foram criados 204 mil empregos formais em abril. O mercado esperava menos (198 mil, segundo a Bloomberg). Estes números sinalizam um mercado de trabalho mais aquecido no último mês. Ao que tudo indica, os EUA já estão atingindo o “pleno emprego”, o que tende a puxar a inflação americana para cima no médio prazo. As atenções se voltam, por ora, ao Relatório de Empregos, que será divulgado na 6ª, dia 04.

BRASIL: DÓLAR SOBE, EM LINHA COM EXTERIOR.

Sobre os mercados… O dólar sobe e, ao redor das 14h, horário de Brasília, oscilava ao redor de R$3,54. Os DIs também são pressionados para cima. O DI para jan/21, por exemplo, subia 06 pontos base. O Ibovespa recua, em linha com o esperado, abaixo dos 85 mil pontos. A percepção de risco país, medida pelo CDS de 5 anos, tem alta próximo de 2% (após ter subido na maior parte da manhã). Vale notar: entre as ações do Ibovespa, os papéis de Itaú são os que mais recuam (próximo de 4%), reagindo ao balanço do 1º tri.

Efeitos eleitorais… O incêndio, e desmoronamento, de um edifício no centro de São Paulo têm efeito eleitoral aos candidatos tucanos. Mais: estremecem as relações entre PSDB e MDB. Membros do governo, próximo de Temer, apontaram como os tucanos o grande prejudicado pelo acidente. Afinal, os candidatos do PSDB não se expuseram ao fato.

De olho no rural… Pelo menos, 4 pré-candidatos à Presidência devem comparecer a feira de tecnologia agrícola até 6ª (04), em Ribeirão Preto. Jair Bolsonaro, do PSL, já foi na 2ª feira (30). Ciro Gomes, do PDT, e Geraldo Alckmin, do PSDB, irão hoje (02). Henrique Meirelles, do MDB, está marcado para visitar a feira amanhã (03).

Do lado macro: PMI da indústria… No mês de abril, o PMI recuou de 53,4 pontos em março para 53,3 pontos. Apesar da leve desaceleração, o indicador permanece pelo 9º mês consecutivo acima da marca dos 50 pontos – o que indica uma economia em expansão. O crescimento foi contido em abril em meio às condições ainda adversas do mercado e nível elevado de desemprego no país.

Em suma: O dia segue negativo para ativos de riscos locais, conforme comentamos mais cedo. Lá fora, os movimentos são contidos, reflexos da cautela do investidor com a decisão do Fed. Por aqui, não é diferente. Nos próximos dias, os ativos locais podem – e devem – continuar a oscilar.

Sobre as oscilações do pregão:

Ibovespa: : -1,67%, aos 84.675 pontos;
Real/Dólar: +1,00%, cotado a R$3,541;
Dólar Index: +0,22%, 92,664;
DI Jan/21: +04 pontos base; 8,00%;
S&P 500: -0,17%, aos 2.650 pontos.

*Por volta das 14h11, horário de Brasília. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg.

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