Introdução: No exterior, segue o clima mais positivo para os ativos de risco. As bolsas da Europa fecharam em alta, e as bolsas de NY avançam. O dólar, ainda em baixa frente a seus principais pares, diminui a queda. As commodities, no entanto, mantêm o viés negativo, e operam no vermelho. Lá fora, o FMI prevê melhor crescimento global. No Brasil: o Ibovespa avança, enquanto dólar e DIs recuam. Os movimentos são reflexos do bom humor externo.

CENÁRIO EXTERNO: BOLSAS EM ALTA; E BALANÇOS NO RADAR.

Bolsas: dia de ganhos… As bolsas, não só da Europa, mas também nos EUA, operam com ganhos nesta 3ª. Apesar da queda das commodities, que limita os ganhos – em especial – dos setores de “petróleo e gás”, os mercados precificam dias de melhor crescimento à frente para a economia global. Balanços do 1º tri também seguem como pano de fundo destes movimentos.

Crescimento global mais forte… Saiu o relatório do FMI – o World Economic Outlook -, incluindo novas projeções de PIB para os países analisados, além da descrição dos principais pontos observados. O mundo deve crescer 3,9% neste ano, ritmo mais acelerado desde 2011. Entre os destaques: 

• EUA: expectativa é de que o PIB avance 2,9% em 2018 (vs 2,7% como o estimado anteriormente);
• Zona do euro: previsão é de um crescimento de 2,4% neste ano (acima dos 2,2% projetado no último relatório);
• China: espera-se um avanço de 6,6% neste ano (ou seja: uma desalecerção dos 6,9% em 2017).

Atenção aos balanços… Nos EUA, os resultados corporativos também são bons direcionadores para os mercados externos. Vale notar: as ações da UnitedHealth Group e do Goldman Sachs avançavam firme, após números que surpreenderam os analistas. Por sinal, o corte de impostos do governo Trump e a maior volatilidade nos mercados seguiram como fatores positivos para impulsionar os lucros dos bancos americanos. Para as próximas semanas, os balanços devem continuar a beneficiar os ativos de riscos.

BRASIL: IBOVESPA AVANÇA; ENQUANTO DÓLAR E DIS RECUAM.

Alívio para o índice… O Ibovespa acompanha o bom humor dos mercados internacionais, e avança nesta sessão. É impulsionado pelos ganhos da Vale, Itaú e Petrobras. Ao redor das 15h, horário de Brasília, o índice tinha alta próximo de 1%, oscilando entre 83-84 mil pontos.

Destaque do Ibovespa… A alta expressiva da Eletropaulo chama atenção do mercado. Hoje, o papel valoriza mais de 23%; no mês, a alta acumula 51%. O ativo reflete as recentes propostas de aquisição pela companhia (veja mais no Guide Empresas). Há pouco, em fato relevante divulgado ao mercado, a companhia informou que a Enel também lançou uma oferta pública voluntária para a aquisição de até a totalidade das ações ordinárias de emissão da companhia, ao preço de R$ 28,00 por papel. Lembrando: a Energisa e a Neoenergia também já fizeram propostas pela Eletropaulo.

Sobre a Eletrobras: o leilão das distribuidoras deverá atrasar… Hoje, Moreira Franco, ministro de Minas e Energia, Eduardo Guardia, ministro da Fazenda, Esteves Colnago, do Planejamento, e José Múcio, relator do processo no TCU, se encontraram para discutir o tema. Segundo Múcio, não há como fazer os leilões em 21 de maio. Isto, por que os 3 ministros encaminharão ao TCU as informações requeridas sobre a venda das empresas em 2/3 dias. Já o TCU precisará de, no mínimo, 4 semanas para analisar as respostas.

Mais sobre os mercados… Nos mercados de câmbio e juros, pressões baixistas. O real se beneficia da fraqueza do dólar no exterior. Os juros futuros, em dia de agenda esvaziada, acompanham o bom humor internacional, e recuam. A percepção de risco país, medida pelo CDS de 5 anos, também recua, e opera ao redor de 168 pontos base.

Sobre as oscilações do pregão:

Ibovespa: +1,42%, aos 84.036 pontos;
Real/Dólar: -0,78%, cotado a R$3,392;
Dólar Index: -0,07%, 89,492;
DI Jan/21: -05 pontos base; 7,910%;
S&P 500: +0,89%, aos 2.702 pontos.

*Por volta das 14h09, horário de Brasília. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg.

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