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Mercados por TradingView

Segundo Tempo: a disputa por mais votos

13 de abril de 2018
Escrito por Rafael Gad Passos
Tempo de leitura: 7 min
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Introdução: Nesta semana, as bolsas globais se recuperam diante de um menor receio de uma “guerra comercial” envolvendo EUA e China. As atenções se voltam, entretanto, para as possíveis tensões envolvendo EUA e Síria. Algo que contribuiu para impulsionar os ganhos do petróleo. Por aqui, vimos uma correção em bolsa (baixa) e dólar (alta) nos últimos dias. Dados de inflação mais fraco e incertezas políticas foram destaques da semana. No front micro, seguimos atentos à privatização da Eletrobras.


NO EXTERIOR…

Duas razões para alívio… A presença do CEO do Facebook no Congresso dos EUA e declarações mais amenas de Trump sobre comércio internacional diminuíram a tensão nos mercados. As bolsas respiraram, o dólar ficou mais estável, e a volatilidade diminuiu na margem.

O tema-Síria voltou… Trump cancelou a sua ida ao Peru (teria sido a 1ª visita à América Latina). A relação entre EUA e Rússia piorou. Com isso, o rublo recuou mais de 6% frente ao dólar, a despeito de um barril de petróleo (brent) mais alto, por volta de US$72.

A inflação dos EUA acelerou… Em março, os preços ao consumidor passaram de 2,2% para 2,4%. O “núcleo” passou de 1,8% para 2,1%. Deve subir mais à frente.

Obs.: a China já não exporta deflação no mundo (preços ao produtor não mostram deflação como no passado recente), e um dólar recente mais fraco nos EUA acabará encarecendo as importações por lá.

Financials forte… Nesta 6ª, 3 balanços de grandes bancos americanos ficaram acima do esperado pelos analistas: JP Morgan, Citigroup e Wells Fargo. O nosso viés para o setor, em meio à perspectiva de elevação de juros segue firme.

Na zona do euro, “acomodação”…. A produção industrial decepcionou em fevereiro, e ficou abaixo do esperado pelo mercado. Apesar da “acomodação” recente na atividade, a perspectiva ainda é de crescimento à frente. Aliás, os juros devem começar a subir a partir de 2019.


NO BRASIL…

Atividade, e juros… Dados de atividade mais fracos (varejo e serviços de fevereiro frustraram) fizeram preço no mercado de juros (nos vértices mais curtos). O mercado hoje prevê um PIB de 2,8% para 2018, mas este número pode recuar mais (veremos no Boletim Focus, por exemplo).

Por aqui, a inflação permanece ainda fraca… O IPCA de março veio (mais uma vez) abaixo do esperado: subiu 0,09% frente a fevereiro, enquanto o consenso de mercado apontava 0,12%. Em 12 meses, passou de 2,84% para 2,68%. Alimentos tem mostrado alguma tendência de normalização (de alta), mas a inflação segue ainda benigna no curto prazo. Vale comentar: esses dados contribuíram para pressionarem os DIs nesta semana.

Na corrida Eleitoral… Com a saída de Lula, partidos de esquerda tentam se unir. Os principais dirigentes do PCdoB, PSOL, PT e PSB, que buscam criar essa aliança, e tentam incluir Ciro Gomes (PDT) nas articulações. Em nossa visão, uma aliança entre PT-PDT parece ainda pouco provável. Já o PSDB, aumentaram as chances de fechar uma aliança com o PSD e PSC. Ainda na corrida eleitoral, Joaquim Barbosa (PDB) pode ganhar fôlego.

A disputa nas pesquisas… Na próxima semana, as pesquisas eleitorais devem concentrar as atenções dos investidores. E, portanto, devem influenciar nos movimentos dos mercados domésticos. Nesta domingo (dia 15) saem as pesquisas do Datafolha. Na 3ª feira (dia 17) será a vez da Vox Populi. Alguns pontos a observar nestas pesquisas eleitorais: (i) evolução do Alckmin, candidato do PSDB, no período; e (ii) avanço de Barbosa nas intenções de votos.

Movimentos recentes dos mercados…. Nesta última semana vimos uma correção em bolsa (baixa) e dólar (alta) nos últimos dias, após tais incertezas presentes as eleições de 2018. Afinal, a corrida eleitoral segue em aberto: Lula foi preso; e, embora o PT ainda não tenha “plano B” claro, as candidaturas de “centro” seguem ainda muito fragmentadas (como dissemos acima). E o risco de a “esquerda” se unir, após prisão de Lula, segue intenso.

No front micro, destaque para a Eletrobras… Conforme temos comentado nos últimos dias, o quadro é ainda incerto para a privatização da estatal. Destacamos alguns fatores que contribuem para aumentar tais incertezas: (i) trocas dos executivos na pasta – entrada de Moreira franco no ministério de Minas e Energia; (ii) adiamento dos leilões das distribuidoras; (iii) pressão dos governadores, principalmente do nordeste, contrários à privatização; e (iv) dúvidas com Chesf. Além disso, a expectativa fica também por conta da publicação do decreto que incluiu a Eletrobras no Plano Nacional de Desestatização (PND). Falamos disto no Mercados Hoje.

Um pouco mais de Eletrobras… Ainda chamamos atenção para uma possível resistência de Rodrigo Maia (DEM-RJ) ao novo ministro Moreira Franco. Lembrando: Moreira Franco é o principal articulador da possível candidatura de Michel Temer para presidência. Essa seria mais uma – entre outras tantas dificuldades – para aprovar a venda da estatal no Congresso. Uma das possibilidade – para facilitar a aprovação do Congresso – e venda da Eletrobras seria retirar os ativos mais deficitários da empresa (as distribuidoras de energia na região norte).

Em suma: É neste ambiente permeado de incertezas políticas que o quadro ainda é de cautela para mercados locais. Seguimos tendo um dólar oscilando ao redor de R$3,40; Ibovespa entre 84-85 mil pontos; e forte volatilidade nos ativos de riscos domésticos. Essa tendência deve continuar no curtíssimo prazo…


    Sobre as oscilações do pregão:

    Ibovespa: -0,49%, aos 84.404 pontos;
    Real/Dólar: +1,22%, cotado a R$3,410;
    Dólar Index: -0,42%, 89,726;
    DI Jan/21: -02 pontos base; 7,990%;
    S&P 500: +2,11%, aos 2.659 pontos.

    *Por volta das 14h13, horário de Brasília. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg.

    Contatos

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    Luis Gustavo Pereira – CNPI
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