Introdução: No exterior, segue o clima mais positivo para os ativos de risco. As bolsas da Europa fecharam em alta; e as bolsas de NY avançam, com exceção da Nasdaq. O dólar permanece firme frente a seus principais pares. Para as commodities, o dia também é mais positivo. No Brasil: o Ibovespa avança, e oscila próximo dos 85 mil pontos. Por outro lado, o real se enfraquece, e os DIs são pressionados para cima.

CENÁRIO EXTERNO: DIA POSITIVO PARA ATIVOS DE RISCOS.

O “básico” dos mercados… As bolsas da Europa mantêm boa sessão, e encerram em alta. O dólar ainda se valoriza frente a principais pares, enquanto opera misto frente às moedas dos emergentes. As commodities permanecem firmes, no campo positivo. Em especial, o brent sobe mais de 2%, com o barril ao redor de US$67,4. Os juros das Treasuries sobem: os papéis de 10 anos oscilam ao redor de 2,97%. Nos EUA, Dow Jones e S&P 500 sobem. Em contrapartida, Nasdaq permanece pressionada. Por lá, o setor tech segue como destaque de baixa.

Sobre os papéis de tecnologia.  Permanece a cautela com as ações do setor tech, em especial os ativos do Facebook. Hoje, o papel recua mais 5% (após baixa de 6,8% no fechamento de ontem). O que motiva essa queda? A comissão Federal de Comércio (FTC), dos EUA, investiga a companhia pelo uso inadequado de dados de seus usuários. A baixa se espalhou para outros players do setor. Alphabet (Google) recuava 1%. Mais cedo, a empresa ainda anunciou investimentos próximos a US$ 300 milhões para combater informações falsas disseminadas na sua rede (“Fake News”) e proteção dos dados de seus usuários.

Na agenda de hoje…  Na Europa, o índice de confiança do consumidor atingiu 0,1 pontos, ligeiramente acima do esperado pelo mercado (0,0 pontos). O resultado veio em linha com o registrado em fevereiro. Nos EUA, a agenda era mais fraca de indicadores. Com isto, as atenções se voltam para a reunião do Fed, marcada para amanhã (4ª, dia 21).

BRASIL: IBOVESPA, DÓLAR E DI’s AVANÇAM.

O Ibovespa se recupera… O Ibovespa reverteu a queda desta manhã; e opera no campo positivo nesta tarde. O índice oscila na marca dos 84-85 mil pontos. O ambiente externo mais positivo, e dia mais favorável para as commodities (o petróleo, em especial), seguem fazendo “preço” nos mercados locais. A alta do índice é impulsionada por Petrobras, Vale e siderúrgicas. Na outra ponta, Suzano recua em um movimento de realização. Por sinal, os papéis da Suzano já reportam alta de 39% em março; no ano, a valorização é mais de 60%.

Sobre os papéis do setor de siderurgia. Os dados do Inda, divulgados nesta manhã, corroboram com o quadro benigno para as siderúrgicas nacionais. As vendas de aços planos por distribuidores do Brasil em fevereiro subiram 20,6 % A/A. Já as importações dos distribuidores avançaram 2,4% A/A. Com isso, o estoque nos distribuidores encerrou o mês fevereiro com 866,5 mil toneladas, suficiente para 3,3 meses de vendas. Em nossa visão, não descartamos novos aumento dos preços internacionais do aço, corroborando – também – com o quadro de reajustes no mercado interno.

Mais sobre o setor…. Há, ainda, a expectativa do encontro de Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, e Steven Mnuchin, secretário do Tesouro dos EUA. Na reunião do G-20, em Buenos Aires, será discutida a decisão da Casa Branca de sobretaxação das importações de aço e do alumínio. O mercado aguarda novidades, e a possível inclusão do Brasil na “cesta” de países isentos dos aumentos nas taxas recém anunciados por Trump. Perto das 15h, Gerdau avança 5%, enquanto Usiminas CSN e Gerdau Metalúrgica tinham alta de 3%.

Sem sinais do STF. Ao que tudo indica, não haverá mais o encontro entre Cármen Lúcia e os demais ministros nesta tarde (18h). A possibilidade – ainda que remota – é que os ministros se reúnam amanhã. Por ora, os ministros não parecem estar dispostos a pressionar Carmen Lúcia para pautar o tema que questiona prisão após condenação em 2ª instância (falamos disto no Mercados Hoje).

Sobre a Reoneração. Rodrigo Maia, presidente da Câmara, disse que a intenção é votar o texto da reoneração da folha de pagamento já nesta 4ª feira (dia 21). Ainda não há, entretanto, acordo sobre o texto, e muito menos, maioria para aprovação. A proposta vem enfrentado resistências dentro da Câmara e por parte do empresariado (o tema retira o benefício fiscal de grandes companhias brasileiras). Lembrando: os recursos da reoneração serão utilizados para financiar a intervenção do governo no RJ.

Movimentos altistas… Em linha com o esperado, o dólar registra uma leve alta nesta tarde. A percepção de risco-país, medida pelo CDS de 5 anos, acompanha o movimento e avança (alta mais de 8%, ao redor de 163 pontos base). No mercado de juros, os DIs também operam em alta. A expectativa de alta de juros americanos na reunião do Fed continua como principal direcionador para os mercados locais.

Sobre as oscilações do pregão:

Ibovespa: +0,21%, aos 84.094 pontos;
Real/Dólar: +0,38%, cotado a R$3,299;
Dólar Index: +0,62%, 90,318;
DI Jan/21: +08 pontos base; 8,300%;
S&P 500: +0,07%, aos 2.715 pontos.

*Por volta das 15h01, horário de Brasília. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg.

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