Introdução: O ambiente para ativos de risco, ao redor do mundo, segue favorável. Nos EUA, a expectativa segue com a divulgação do livro Bege. No Brasil, mercados locais reagem de forma positiva, diante do quadro externo. O Ibovespa avança, e dólar recua, em linha com o esperado pela manhã. Ainda assim, as incertezas quanto à corrida eleitoral continuam.

CENÁRIO EXTERNO: DIA POSITIVO PARA AS BOLSAS GLOBAIS.

O “básico” dos mercados… Não mudou muito o ambiente em relação ao que comentamos mais cedo. Ativos de risco seguem apresentando um melhor desempenho. As bolsas de Europa e EUA mantêm o viés mais positivo, enquanto o dólar segue mais fraco ao redor do mundo. As commodities também operam no positivo. O brent oscila ao redor de US$72-73/barril.

Resultados trimestrais a todo vapor… Os balaços do 1º tri impulsionam as bolsas globais. Em especial, nos EUA, os números do setor financeiro seguem superando as estimativas dos analistas. Foi assim com os resultados do Citi, Bank of America e Goldman Sachs. Hoje, Morgan Stanlen foi quem surpreendeu. O banco reportou um lucro líquido de US$ 2,67 bilhões no 1T18. O resultado atingiu um lucro por ação de US$ 1,45, acima do esperado pelo mercado (US$ 1,26/ação). O crescimento foi expressivo, cerca de 38% A/A. A expectativa é que a safra de balanços continue a surpreender positivamente os analistas.

O Barril… O petróleo avança firme no campo positivo, após dados de estoques mais baixos nos EUA. O relatório do Departamento de Energia (DoE) norte americano informou que os estoques no país recuaram 1,07 milhão de barris na última semana. O número esperado era de um corte de 200 mil barris. Vale notar: o petróleo atinge o nível mais alto desde 2014.

Agenda americana… Nos EUA, o dia é mais fraco em termos de agenda. A expectativa fica para às 15h, quando sai o Livro Bege – documento que descreve como estão as regiões do país, de forma qualitativa.

BRASIL: IBOVESPA AVANÇA, E SUPERA OS 85 MIL, APESAR DAS INCERTEZAS ELEITORAIS.

Mercados… O Ibovespa, puxado pelo melhor momento no exterior, sobe, e opera acima dos 85 mil pontos. No ano, sobe ao redor de 12%. No mês, entretanto, o índice permanece próximo a estabilidade. Enquanto isso, o real se beneficia de um dólar fraco no exterior; os DIs mais recuam. A percepção de risco país, medida pelo CDS de 5 anos, também recua (oscila ao redor de 164 pontos base).

Um pouco mais sobre a bolsa… Entre as altas, permanecem os papéis da Petrobrás e Vale, que avançam em linha com a valorização das commodities. BRF também é mais um destaque de alta, após o Ministério da Agricultura derrubar o “auto-embargo” nas unidades produtoras de frango (que são investigadas na Operação Trapaça). Na outra ponta, Weg opera com ligeira queda após números mais fracos do 1º tri (veja mais no Guide Empresas ). Por sinal, Weg deu início a safra de balanços do 1º tri.

E a Eletrobras… Carlos Morun, da secretaria do Governo, se reuniu com deputados do Solidariedade. Morun tem se articulado para a aprovação de projetos como o da privatização da Eletrobras. Os congressistas, entretanto, cobraram a liberação de mais emendas. As negociações seguem difíceis. E a privatização da Eletrobras – cada dia mais – complicada.

Mudança na Aneel… O presidente Michel Temer encaminhou ao Senado a indicação do nome de Sandoval de Araújo Feitosa para o cargo de diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Feitosa é superintendente de Fiscalização de Serviços de Eletricidade na Aneel. Segundo a Reuters, Feitosa é a indicação do ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão e pelo ex-presidente José Sarney.

Por fim… Embora vejamos alguns movimentos de melhora no exterior, o quadro ainda é de cautela para mercados locais. Afinal, a corrida eleitoral segue em aberto. E assim, ainda é algo que deve continuar a mexer com os ativos de riscos domésticos.

Sobre as oscilações do pregão:

Ibovespa: +2,26%, aos 85.989 pontos;
Real/Dólar: -0,65%, cotado a R$3,385;
Dólar Index: -0,05%, 89,593;
DI Jan/21: -05 pontos base; 7,870%;
S&P 500: +0,30%, aos 2.714 pontos.

*Por volta das 14h12, horário de Brasília. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg.

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