Introdução: O ambiente no exterior continuou a registrar alguma melhora; e o petróleo, dentre as commodities, permanece como um dos destaques positivos. Lá fora, o setor techs, puxado pelas ações do Facebook, impulsiona as bolsas globais. Por aqui, o Ibovespa acompanha o exterior, e sobe. No front político, o mercado acompanha as delações de Palocci.

CENÁRIO EXTERNO: DIA POSITIVO PARA ATIVOS DE RISCOS.

O “básico” dos mercados… As bolsas da Europa mantêm boa sessão, e sobem. O dólar ainda se valoriza frente aos principais pares, e segue misto frente às moedas dos emergentes. As commodities também operam com viés positivo. Em especial, o brent é negociado acima de US$74/barril. Nos EUA, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq sobem. O setor tech é o destaque de alta. Já os juros das Treasuries , em dia de realização, recuam: os papéis de 10 anos oscilam ao redor de 2,99%.

Balanços… O setor tech avança firme nas bolsas globais, puxados pela forte valorização dos papéis do Facebook. Por holta das 14h, as ações da companhia tinham alta de 9%. Isto, porque Facebook superou as estimativas dos analistas em seus números divulgados (ainda ontem) do 1º tri de 2018. O lucro líquido atingiu US$ 4.988 milhões no período (+63% A/A), atingindo US$ 1,69/ação. A expectativa era de um lucro por ação próximo de US$ 1,35.

Na agenda de hoje… Nos EUA, os novos pedidos de auxílio-desemprego na semana aumentaram 209 mil, contra previsão de 230 mil novos pedidos. As atenções se voltam, por ora, para a 1ª leitura do PIB do 1º trimestre deste ano, marcada para amanhã (6ª, dia 27).

BRASIL: MERCADOS ACOMPANHAM O EXTERIOR.

O Ibovespa se recupera… O Ibovespa sustenta a alta, em linha com a valorização das bolsas no exterior. Por volta das 14h, o índice avançava 1%, oscilando na marca dos 85-86 mil pontos. A melhora das commodities é algo que também ajuda, é claro. A alta do índice é impulsionada por Vale, Petrobras e Itaú. Na outra ponta, Estácio e Via Varejo recuam após balanços.

SAs empreiteiras em apuros… Ontem, a Odebrecht Engenharia e Construção anunciou que não pagará no prazo a dívida de R$ 500 milhões com credores internacionais. No mesmo dia, o TCU determinou o bloqueio de R$ 508,3 milhões da Andrade Gutierrez. O ministro Bruno Dantas, relator do processo, disse que a medida visa garantir o ressarcimento do prejuízo com o superfaturamento de obras em Angra 3. De qualquer forma, o cenário segue desafiador para as construtoras…

Um pouco mais sobre o caso… Andrade Gutierrez, Odebrecht e Camargo Correia negociaram um acordo de leniência com o Ministério Público Federal. Todas confessaram o pagamento de propinas nas obras de Angra 3. Assim o TCU passou a cobrar a extensão do acordo ao órgão. Apenas Odebrecht e Camargo Correia aceitaram a imposição.

De olho no Palocci… O mercado segue atento ao acordo de delação premiada da Lava Jato envolvendo Antonio Palocci. Segundo O Globo, o ex-ministro revelou detalhes dos esquemas de corrupção das empreiteiras durante os governos de Lula e Dilma Rousseff, entre 2003 e 2015.

“Ao falar da ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-ministro disse que ela não apenas sabia do esquema corrupto entre PT e as empreiteiras, como teria sido beneficiária e mantenedora dos arranjos. Palocci deu exemplos de situações em que tais temas foram tratados na presença de Dilma ou dependeram de sua chancela.”, diz a matério do O Globo.

Mais sobre os mercados… Em linha com o esperado, o Ibovespa mantém um viés mais altista, seguindo o exterior que observou a uma leve melhora. O dólar, embora tenha operado com ganhos pela manhã, registra uma leve queda nesta tarde. Segue, portanto, sem direção clara nesta 5ª, após forte alta dos últimos dias. Por fim, no mercado de juros, os DIs operam mistos, mas mostram algum alívio em dia de tom mais positivo lá fora.

Sobre as oscilações do pregão:

Ibovespa: +0,99%, aos 85.885 pontos;
Real/Dólar: +0,38%, cotado a R$3,498;
Dólar Index: +0,32%, 91,468;
DI Jan/21: -01 pontos base; 7,960%;
S&P 500: +1,08%, aos 2.668 pontos.

*Por volta das 14h35, horário de Brasília. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg.

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