Introdução: Na Europa, as bolsas encerram em alta. Nos EUA, os mercados americanos acompanham o movimento. Por lá, investidores acompanham os dados da agenda norte americana; e ficam atentos ao setor tech. O dólar se firme frente às moedas globais. No Brasil, o Ibovespa sobe, e o dólar mantém viés de baixa. No front político, atenções a operação da Polícia Federal.

CENÁRIO EXTERNO: BOLSAS DA EUROPA, E DE NY, EM ALTA.

O “básico” dos mercados… As bolsas da Europa renovaram o otimismo na última sessão do trimestre, e encerraram o dia com viés mais positivo. Nos EUA, as bolsas também operam com ganhos, após correções de ontem em meio à instabilidade do setor das techs. O dólar segue mais forte; e as commodities, em sua maioria, avançam. O barril do brent segue na casa dos US$69/barril (por volta das 15h, horário de Brasília).

A vez da Amazon… A Amazon já perdeu mais de US$ 53 bilhões de valor de mercado após ameaças de elevação de tributos feita por Trump. Hoje, os papéis da varejistas recuam mais 1%. Nesta 5ª, Donald voltou a comentar sobre o tema no Twiter. “Ao contrário de outras empresas do setor, a Amazon paga pouco (ou nenhum) tributo aos governos estaduais e locais, além de utilizar nossos sistema de entregas como seu empregado. Eles estão tirando muitos varejistas do negócio”, disse Trump. Enfim, seguem as preocupações com as techs…

Na agenda de hoje… Mais dados positivos da economia dos EUA. O destaque era os números de inflação sobre fevereiro (índice PCE, na sigla em inglês). O resultado veio em linha com o esperado em fevereiro: 0,2% m/m. Em 12 meses, passou de 1,7% para 1,8%. A perspectiva para a economia do país segue ainda muito positiva, em nossa opinião.

BRASIL: MERCADOS REAGEM AO EXTERIOR.

Mercados… O Ibovespa acompanha o bom humor dos mercados internacionais, e avança. Tem suporte do investidor estrangeiro. Aliás, o fluxo é algo que tem contribuído para a maior volatilidade do Ibovespa dos últimos dias. O índice oscila na marca dos 84-85 mil pontos. A alta do índice é impulsionada por Petrobras, Vale e bancos. Na outra ponta, Fibria e Suzano operam próximo da estabilidade, em um movimento de leve realização.

Sobre as altas dos bancos… O BC reduziu alíquotas dos compulsórios nos depósitos à vista e de poupança (falamos disto no Mercados Hoje e Guide Empresas). A notícia é positiva. Agora, os bancos devem obter retornos maiores, e mais rentável, destes recursos. Braskem e JBS também tem alta expressiva no índice, após números do 4º tri.

Operação Skala… O front político permanece desfavorável. Nesta 5ª, a Polícia Federal anunciou a prisão de (i) José Yunes, amigo pessoal de Temer e e ex-assessor da Presidência; (ii) Coronel Lima; (iii) Wagner Rossi, ex-ministro da Agricultura – presidiu a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), empresa estatal responsável pela administração do porto de Santos; (iv) Antonio Celso Grecco, dono da Rodrimar, acusada de ter sido beneficiada pelo Decreto dos Portos. O foco da operação é investigar se Temer beneficiou empresas do setor em troca de propina na edição do Decreto dos Portos.

Mais sobre os mercados… Em linha com o esperado, o dólar registra uma leve baixa nesta tarde. A percepção de risco-país, medida pelo CDS de 5 anos, acompanha o movimento e recua (baixa próxima de 2%, ao redor de 164 pontos base). No mercado de juros, após relatório do RTI, os DIs também operam em baixa. As perspectivas de uma inflação controlada, e quedas mais acentuadas na Selic é algo que contribui para estes movimentos nos juros futuros. Por sinal, em entrevista a agência Estado, Ilan Goldfajn brincou “o RTI de hoje é o melhor que li nos últimos tempos”.

Em suma: o cenário segue conforme abordamos mais cedo “temos um viés mais positivo para os mercados locais. A percepção de risco país recua (CDS de 5 anos por volta de 166 pontos base). A bolsa tende a ter melhor sessão, enquanto o câmbio pode recuar um pouco”. Continuamos vendo um momento macro positivo no Brasil. Para o médio prazo, seguimos com um viés positivo em Ibovespa.

Sobre as oscilações do pregão:

Ibovespa: +1,62%, aos 85.229 pontos;
Real/Dólar: -0,37%, cotado a R$3,306;
Dólar Index: +0,09%, 90,127;
DI Jan/21: -06 pontos base; 7,940%;
S&P 500: +1,02%, aos 2.631 pontos.

*Por volta das 14h32, horário de Brasília. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg.

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