Introdução: Segue o momento menos positivo para as bolsas globais. O dólar opera sem direção muito clara no exterior. Nos EUA, o setor de serviços perdeu fôlego – algo que serve para mente o viés de baixa sobre os juros das Treasuries, por enquanto. No Brasil, a produção industrial frustrou expectativas dos economistas, e mantém viés de baixa sobre as projeções do PIB do 1º tri. O dólar chegou a superar a marca de R$3,56, apesar do BC, mas perde forças na sequência. Ibovespa, em linha com o esperado, recua. O índice perdeu os 84 mil pontos.

CENÁRIO EXTERNO: SETOR DE SERVIÇOS PERDE FÔLEGO NOS EUA.

O “básico” dos mercados… As bolsas dos EUA recuam, em linha com a nossa expectativa pela manhã, e acompanhando as quedas das bolsas da Europa. Aliás, S&P 500 e Dow Jones recuam mais de 1%. O dólar mantém viés ligeiramente mais forte no exterior (embora tenha oscilado sem direção muito clara nas últimas horas). Os juros das Treasuries , assim como nesta manhã, seguem com alguma pressão baixista (10 anos ~2,93%). As commodities oscilam mistas. O brent segue na casa dos US$73/barril.

Setor de serviços nos EUA… O índice ISM, referente ao setor de serviços de abril, recuou de 58,8 pontos para 56,8. Ficou abaixo dos 58,0 esperados pelo mercado. Apesar da desaceleração, ainda está acima dos 50 pontos – patamar que separa a sinalização de “expansão” da “contração”. Vale notar: nos EUA, o setor de serviços representa ao redor de 80% do PIB.

BRASIL: PRODUÇÃO INDUSTRIAL FRUSTRA; DÓLAR CHEGOU A R$3,56, MAS PERDE FORÇAS.

Sobre os mercados locais… O Ibovespa perdeu os 84 mil pontos, opera em queda, puxado por ações de Ultrapar, Cielo, Itaú e Petrobras. Pressões de alta foram registradas sobre o dólar, apesar da intervenção do BC (que, em linha com o esperado, fez preço apenas de forma pontual, no início da sessão). A cotação segue em nível alto, reagindo ao exterior. A percepção de risco país, medida pelo CDS de 5 anos, segue em alta (+3,5%, às 13h, horário de Brasília), precificando este ambiente de incertezas locais, mas especialmente externas. Vale notar: o CDS de países como México, Rússia e África do Sul também sobe, em linha com o CDS do Brasil.

Destaques do Ibovespa… Cielo e Ultrapar são as principais baixas do Ibovespa, neste início de tarde. O movimento é reflexo da divulgação dos balanços do 1º tri (veja mais no Guide Empresas ), e teleconferências nada animadoras com investidores. Na outra ponta, destaque para ativos considerados mais resilientes, em especial, destaque para o setor de Saúde. Dentre elas, Raia Drogasil, que também soltou seus números do 1º tri hoje, e opera com ganhos, por enquanto.

Pedido Negado… O ministro Dias Toffoli, do STF, negou o pedido da defesa do ex-presidente Lula para remeter o processo envolvendo o sítio de Atibaia (SP) para a Justiça Federal de São Paulo. Ou seja: o caso ainda fica com o juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba (PR). Os advogados do Lula argumentaram para o pedido de transferência o fato de o STF ter determinado (na semana passada) a exclusão de trechos de delações de executivos da Odebrecht desse processo e também de uma outra ação que envolve a compra de um terreno para o Instituto Lula. Lula está preso desde o dia 7 de abril, em Curitiba, após condenação por lavagem de dinheiro e corrupção passiva no processo do tríplex do Guarujá (SP).

Do lado macro, a produção industrial… Segundo IBGE, a produção industrial brasileira registrou queda de 0,1% m/m em abril, contra expectativa de avanço de 0,5%. Frente ao mesmo período de 2017, cresceu 1,3%, bem abaixo dos 3,0% esperados, segundo a Bloomberg . Aliás, o fraco resultado foi disseminado: 14 das 24 atividades recuaram. A atividade, portanto, segue trazendo decepções de curto prazo. Isto mantém firme a aposta de que a Selic irá para 6,25% no Copom deste mês (dias 15 e 16).

Sobre as oscilações do pregão:

Ibovespa: : -1,41%, aos 83.358 pontos;
Real/Dólar: -0,23%, cotado a R$3,5437;
Dólar Index: 0,00%, 92,511;
DI Jan/21: +5 pontos base; 8,05%;
S&P 500: -1,00%, aos 2.609 pontos.

*Por volta das 13h11, horário de Brasília. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg.

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