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Mercados por TradingView

Mercados Hoje: o que acontece com o dólar?

11 de maio de 2018
Escrito por Ignacio Crespo
Tempo de leitura: 7 min
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Introdução: Investidores estão atentos à confiança do consumidor nos EUA. A inflação por lá ainda não coloca muita pressão sobre o Fed, e os mercados têm algum alívio. As bolsas oscilam estáveis na Europa, mas futuros americanos operam em alta. Commodities operam mistas. O dólar tem leve recuo, e dá respiro aos emergentes. No Brasil, varejo se recupera mais do que o esperado em março. O BC, após IPCA de abril fraco, deve cortar Selic para 6,25% semana que vem. No front político, não esperamos uma aglutinação do “centro” antes de meados de julho.


CENÁRIO EXTERNO: INFLAÇÃO AMERICANA AINDA NÃO PRESSIONA O FED.

O “básico” dos mercados… Ativos apresentam variações mais modestas. O dólar é misto frente às moedas dos emergentes. Commodities agrícolas recuam, enquanto as metálicas, em sua maioria, sobem. O petróleo (brent) ainda oscila na casa dos US$77/barril. Os juros das Treasuries tem leve queda (10 anos ~2,95%).

Inflação dos EUA ainda não acelera (muito)… A inflação ao consumidor subiu 0,2% m/m em abril. O mercado esperava 0,3%. Em 12 meses, no entanto, passou de 2,4% para 2,5%. O “núcleo”, que desconsidera itens mais voláteis, permaneceu em 2,1%. O mercado esperava 2,2%. Os números, embora positivos, não colocam muita pressão sobre o Fed, e os mercados têm algum alívio com isso…

Na agenda macro de hoje… Nos EUA, destaque para o índice de confiança do consumidor (11h). Deve continuar em níveis altos, embora o consenso para maio (números preliminares) seja de ligeira queda. A temporada de balanços sobre o 1º tri vai terminando, e as atenções voltam a se concentrar no front macro e político…


BRASIL: VAREJO SURPREENDE PARA CIMA.

Lula: nananinanão… O ministro do Supremo Edson Fachin negou ontem mais um recurso do ex-presidente Lula. A defesa ainda pode recorrer, e isto levaria o caso para análise da 2ª Turma. Com relação ao julgamento virtual: ontem, este foi encerrado. O recurso foi negado por unanimidade no STF (5 x 0). Desta forma, Lula segue preso em Curitiba. O PT, portanto, ainda sem plano “B” para as eleições. Obs.: Fernando Haddad (PT), um dos possíveis presidenciáveis pela sigla, está sendo acusado agora de uso de caixa 2 em campanha.

Indefinição do “centro” durará até julho… O deputado Efraim Filho (PB), da cúpula nacional do partido, informou que o prazo para eventual acordo entre os partidos do “centro” (em torno de uma única chapa) ficou para julho, e não junho, como alguns esperavam. Concordamos. Não vemos grandes acordos antes de meados de julho. Vale lembrar: DEM, PSDB e MDB – as principais siglas – ainda tem seus candidatos Rodrigo Maia, Alckmin e Meirelles, respectivamente, como presidenciáveis.

O que acontece com o dólar? Escrevemos ontem um texto em nosso BLOG, falando sobre os recentes movimentos da taxa de câmbio, e perspectivas à frente. Vale conferir…

O que acontecerá com a Selic? Após IPCA de abril abaixo do esperado, e índices dos mais diversos ainda em níveis baixos, o mercado reforçou a aposta de queda da Selic, de 6,50% para 6,25%. Este é, diga-se de passagem, o nosso call . A partir daí, ficaria estável. A alta do dólar não nos parece que será empecilho para Ilan e Cia. O próximo Copom é semana que vem, dias 15 e 16. A decisão só sai no 16, pós mercado…

Agenda de hoje… No front macro, destaque para as vendas no varejo de março. A recuperação foi melhor do que a esperada. Frente a fevereiro, cresceu 0,3%, contra os 0,2% esperados. Em 12 meses, acelerou 6,5%, acima dos 5,5% esperados. Com isso, o varejo acumulou altas de 3,8% no ano e de 3,7% nos últimos 12 meses, mantendo a recuperação em curso desde outubro de 2016.

E os balanços das empresas? Antes do mercado, Natura e Kroton, listadas no Ibovespa, divulgam seus balanços. Além disso, vale dar destaque a 2 outros balanços, que já foram divulgados: Cosan veio forte, e CCR abaixo do esperado.

E os mercados hoje? Diante do exterior mais favorável, temos hoje um viés ligeiramente mais positivo para o início desta sessão por aqui, com viés de alta em bolsa, e de baixa em DIs e dólar. A percepção de risco país, nesta manhã, opera em leve baixa (CDS de 5 anos por volta de 182 pontos base). Mas vale notar: o quadro, no curto prazo, segue sendo mais desafiador para os mercados locais. Ainda vale cautela, em nossa opinião.

 

Ignacio Crespo – Economista

Sobre o fechamento do último pregão:

Ibovespa: +1,89%, aos 85.561 pontos;
Real/Dólar: -1,20%, cotado a R$3,549;
Dólar Index: -0,42%, 92,549;
DI Jan/21: -13 pontos base, 8,200%;
S&P 500: +0,94% aos 2.723 pontos.

Fonte: Bloomberg. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg


EMPRESAS:

Cosan: Números do 1T18
Impacto: Marginalmente Positivo.

Luis Gustavo Pereira – Estrategista


Jornais:

Folha de São Paulo
– SP tem 25 mil edifícios fora de regra mais dura antifogo
– Geisel avalizou execuções na ditadura, diz documento
– Sócio da Dolly é preso sob suspeita de fraude fiscal
– Governador de SP acelera medidas visando eleições

O Estado de São Paulo
– Receita cria grupo para investigar 800 agentes públicos
– Geisel deu aval à execução de opositores do regime, diz CIA
– Potências pedem trégua a Irã e Israel após ataques
– Tesouro tem R$ 647 bi em reservas para enfrentar crise

O Globo
– Documento da CIA indica que Geisel autorizou execuções
– Maioria do PMDB não quer apoio a Alckmin
– Vereador, PM e ex-PM são investigados, diz ministro
– Liminar devolve direitos a Paes

Valor Econômico
– Petrobras volta a atrair investidor estrangeiro
– Recuperação judicial pode afetar o grupo
– Luta pela diversidade já dá resultados
– Governo teme contágio comercial da Argentina

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Equipe Econômica

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“Este relatório foi elaborado pela Guide Investimentos S.A. Corretora de Valores, para uso exclusivo e intransferível de seu destinatário. Este relatório não pode ser reproduzido ou distribuído a qualquer pessoa sem a expressa autorização da Guide Investimentos S.A. Corretora de Valores. Este relatório é baseado em informações disponíveis ao público. As informações aqui contidas não representam garantia de veracidade das informações prestadas ou julgamento sobre a qualidade das mesmas e não devem ser consideradas como tal. Este relatório não representa uma oferta de compra ou venda ou solicitação de compra ou venda de qualquer ativo. Investir em ações envolve riscos. Este relatório não contêm todas as informações relevantes sobre a Companhias citadas. Sendo assim, o relatório não consiste e não deve ser visto como, uma representação ou garantia quanto à integridade, precisão e credibilidade da informação nele contida. Os destinatários devem, portanto, desenvolver suas próprias análises e estratégias de investimentos. Os investimentos em ações ou em estratégias de derivativos de ações guardam volatilidade intrinsecamente alta, podendo acarretar fortes prejuízos e devem ser utilizados apenas por investidores experientes e cientes de seus riscos. Os ativos e instrumentos financeiros referidos neste relatório podem não ser adequados a todos os investidores. Este relatório não leva em consideração os objetivos de investimento, a situação financeira ou as necessidades específicas de cada investidor. Investimentos em ações representam riscos elevados e sua rentabilidade passada não assegura rentabilidade futura. Informações sobre quaisquer sociedades, valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros objeto desta análise podem ser obtidas mediante solicitações. A informação contida neste documento está sujeita a alterações sem aviso prévio, não havendo nenhuma garantia quanto à exatidão de tal informação. A Guide Investimentos S.A. Corretora de Valores ou seus analistas não aceitam qualquer responsabilidade por qualquer perda decorrente do uso deste documento ou de seu conteúdo. Ao aceitar este documento, concorda-se com as presentes limitações.Os analistas responsáveis pela elaboração deste relatório declaram, nos termos do artigo 17 da Instrução CVM nº. 483/10, que: (I) Quaisquer recomendações contidas neste relatório refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e foram elaboradas de forma independente, inclusive em relação à Guide Investimentos S.A. Corretora de Valores.“
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