Mercados por TradingView
O “básico” sobre os mercados… O índice VIX, que monitora a volatilidade dos mercados, volta a subir. Às 9h, subia mais de 3,7%. As bolsas da Europa recuam, após queda na bolsa da China (-1,37%). O dólar sobe no exterior, e as commodities mantém viés baixista. O minério de ferro caiu 0,93%, cotado a US$64,88/tonelada. O petróleo (brent) cai mais de 1,5%, cotado na casa dos US$73/barril. Os juros das Treasuries recuam (10 anos ~2,92%).
Mais sobre a guerra comercial… O setor agro americano sofre com as ameaças de Trump feitas à China. Os preços da soja, por exemplo, são prova disto (recuam, no mês, 12%). Após a China colocar a commodity na lista de importações sujeitas a 25% de aumento das tarifas, os preços internacionais recuaram, prejudicando o setor dos EUA. Em 2017, foram US$14 bi exportados de soja à China, o “produto” líder, considerando produtos agro. Vale notar: às vésperas da midterm election(em novembro), Trump ameaça perder o apoio daqueles que na última eleição presidencial, em 2016, o apoiaram.
Na agenda de hoje… Nos EUA, no front macro: (1) pedidos de auxílio desemprego (9h30); (2) sondagem industrial do Fed da Filadélfia de junho (9h30); e (3) indicadores antecedentes de maio (11h). Na Zona do Euro, sairá o índice de confiança do consumidor de junho (11h).
Sobre as alianças pré-eleições… Segundo matéria do O Globo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), afirmou ontem que a sigla está mais próxima de declarar apoio ao pré-candidato tucano Geraldo Alckmin. Segundo ele, “é o mais natural”. Sobre uma aliança com Ciro (PDT), afirmou: “Nós não caminhamos para isso”. Aliás, no Valor, comenta-se que Alckmin apertou o cerco sobre as siglas do “centro”, e esteve ontem em Brasília com presidentes de DEM, PRB, PTB PP, PSD e Pros. O Estadão, com um viés mais realista, avalia que o “centro” pode romper, e apoiar a diferentes candidatos.
Na Câmara: 1 projeto avança, outros 2 ficam para depois… A Câmara aprovou ontem o texto principal do projeto de lei que permite à Petrobras vender até 70% de sua participação nos campos da cessão onerosa (acordo pelo qual a empresa adquiriu o direito de explorar cinco bilhões de barris de petróleo da camada pré-sal na Bacia de Santos). Ainda serão votadas emendas que podem alterar o projeto. Depois, o texto será analisado pelo Senado. A proposta foi aprovada por 217 votos a favor, 57 contra e quatro abstenções. Outros temas, como (1) o cadastro positivo e (2) o que trata das distribuidoras da Eletrobrás ficarão para depois.
Sobre o CAGED… Segundo os dados do CAGED, houve geração líquida de 33,7 mil postos de trabalho formal em maio. Considerando a série com ajuste sazonal, o saldo passou de 12,8 mil em abril para apenas 853 em maio. O salário médio real de admissão teve elevação de 2,9% a/a, após 2,3% a/a em abril. Na comparação mensal, os salários cresceram 0,3%. Em suma: o ritmo de geração de vagas formais segue lento…
Sobre o COPOM… A Selic continuou estável, em 6,50%, em linha com o esperado. No curto prazo, o nosso cenário-base é de manutenção desta taxa por mais tempo. A princípio, vemos o processo de normalização de Selic iniciando apenas em 2019. Mas vale dar atenção ao comunicado do BC: dada a piora do “balanço de riscos” – especialmente no que diz respeito às questões domésticas; dado que o cenário externo segue desafiador para emergentes –, o BC aumentou o seu grau de liberdade para as próximas reuniões. Ou seja: compromete-se menos com futuras decisões. Isto, num momento de incertezas em elevação, é algo que manterá a discussão sobre os rumos da Selic no mercado.
Petrobras… Ministros do TST julgam ação trabalhista contra a empresa. Decidirão se adicionais incidem no cálculo da parcela de Remuneração Mínima de Nível e Regime (RMNR) da empresa. A estatal estima que uma decisão desfavorável custaria R$15,2 bi, mais R$2 bi na folha de pagamento anual. O RMNR é um valor salarial mínimo a ser pago pela empresa para empregados de um mesmo nível e região.
Agenda de hoje… O destaque é o IPCA-15 de junho, que passou de 2,70% para 3,68%, acima dos 3,56% esperados. Houve, é claro, um impacto já esperado das paralizações dos caminhoneiros. No front político, Temer vai a Roraima visitar abrigos para imigrantes venezuelanos. Volta hoje à noite a Brasília. Já nos EUA, Eduardo Guardia (Fazenda) cumpre agenda em Washington. O encontro com o secretário do Tesouro Steven Mnuchin será às 16h30, horário de Brasília.
E os mercados hoje? O viés para os mercados locais segue sendo mais negativo (bolsa em baixa, e dólar e DIs em alta, especialmente a parte mais longa da curva). Afinal, o quadro internacional volta a ser mais negativo, com volatilidade em alta, e cautela com a guerra comercial. Aqui, a reunião do COPOM aumentou o grau de liberdade do BC, e mantém discussões em torno dos rumos da Selic. A percepção de risco país, medida pelo CDS de 5 anos, opera estável, ao redor de 270 pontos base, nesta manhã.
Ibovespa: +1,02%, aos 72,123.41 pontos;
Real/Dólar: +0,69%, cotado a 3.772;
Dólar Index: +0,29%, 356.48;
DI Jan/21: 9.67pontos, +0.90%;
S&P 500: +0,17% aos 2,767.32 pontos.
Fonte: Bloomberg. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg. *valores referentes à sessão do dia 31/05.
Petrobras: Câmara aprova texto da cessão onerosa
Impacto: Positivo.
Folha de São Paulo
– Polícia pode firmar acordo de delação, decide o Supremo
– Trump recua e criança imigrante ficará com pais
– STJ vai restringir o foro especial de governadores
– Temer tira quase R$ 1 bi do Fies para segurança pública
O Estado de São Paulo
– PF pode firmar acordo de delação premiada
– Estudante morre baleado na Maré
– Coaf indica que Romário lava dinheiro em conta da irmã
– Trump desiste de separar pais e filhos
O Globo
– PF pode firmar acordo de delação premiada
– Estudante morre baleado na Maré
– Coaf indica que Romário lava dinheiro em conta da irmã
– Trump desiste de separar pais e filhos
Valor Econômico
– Caminhoneiros e câmbio ajudam a fechar as contas
– Carf confirma multa por cisão da Unilever
– J&J atende pais e muda linhas para bebês
– Parceria de VW e Ford relembra a Autolatina
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