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Mercados por TradingView

Mercados Hoje: impostos, e preços

2 de março de 2018
Escrito por Rafael Gad Passos
Tempo de leitura: 8 min
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Introdução: O exterior segue menos favorável para ativos de risco, após decisões de Trump e declarações do presidente do BC japonês. As bolsas recuam lá fora. Em dia de agenda menos relevante no front macro, investidores digerem tais falas e sinalizações de personagens importantes. No Brasil, acreditamos que tem aumentado a probabilidade de a Selic cair de 6,75% para 6,50% no Copom deste mês.


CENÁRIO EXTERNO: TRUMP VOLTA AO RADAR, APÓS MEDIDA “PROTECIONISTA”.

O “básico” dos mercados… A maior aversão a risco no exterior continua, com bolsas em baixa na Europa, após quedas das ações da Ásia. Nos EUA, o S&P futuro também opera em baixa neste momento. O dólar opera mais fraco, e os juros das Treasuries recuam. Para as commodities , a sessão é menos clara (o brent opera próximo à estabilidade, e oscila entre US$ 63-64/barril). O ambiente demanda mais cautela para hoje.

Fala Jay… Ontem, no Senado, o presidente do Fed voltou a falar sobre a economia, e o futuro da política monetária. Mas não trouxe grandes novidades, em nossa opinião. Segue sinalizando uma normalização de juros à frente, e um ajuste que seria “gradual”. Procurou transmitir que a situação econômica se mantém sob controle, sem riscos de “superaquecimento”. Vale conferir: ontem, escrevemos um texto no blog da Guide, falando sobre Powell, e os seus desafios (” O Homem mais chato de Washington“).

Medidas de Trump – Parte I… Vale falar dos possíveis impactos de tal medida sobre a economia. Além de provocar outros países a adotarem medidas protecionistas (de países como a China, por exemplo), consumidores e produtores nos EUA precisarão enfrentar preços mais altos (destes produtos e de seus derivados). Assim, acreditamos que seja uma medida que possa puxar a inflação para cima (voltando a colocar sobre a mesa a possibilidade de juros mais altos por lá).

Japão: eles estão logo atrás… Segundo Haruhiko Kuroda, presidente do BC japonês, a discussão envolvendo o fim dos estímulos monetários deve começar a partir do próximo ano. Segundo ele, a aceleração da inflação rumo à taxa de 2% será essencial para este debate. O mercado ainda é cético, vale notar. Em 2017, a inflação avançou 0,5%; para 2018, espera-se algo em torno de 1%. Em suma: é outro BC importante que, assim como nos EUA e Europa, começa a dar alguma sinalização de “normalização”.

Na agenda de hoje… Nos EUA, o destaque será o índice de confiança, calculado pela Universidade de Michigan (12h).


BRASIL: APÓS PIB, AUMENTA POSSIBILIDADE DE NOVO CORTE NA SELIC.

Sobre a Segurança… A cerimônia de posse do diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, está marcada para hoje (às 10h, no Palácio da Justiça em Brasília). Vale lembrar: assumirá o lugar de Fernando Segovia, demitido na última terça. Mais: ontem, após reunião com governadores, Temer anunciou um crédito de R$42 bi para a segurança pública.

Ficou mais caro… O governo aumentou de 0,38% para 1,10% a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras nas operações de transferência de recursos de uma conta bancária do país para outra de mesma titularidade no exterior. A medida, segundo o que tem sido ventilado na mídia, deve render uma receita extra ao governo na ordem de R$100 mi neste ano.

PIB, e os próximos passos do BC… Após a divulgação do PIB sobre o 4T17 – que veio ligeiramente abaixo do esperado pelo mercado -, acreditamos que se tornou mais provável um novo corte de Selic. Somado a isto, vale lembrar que nos últimos meses o BC – e o mercado, claro – se surpreendeu com a inflação ainda fraca. Assim, o BC, na próxima reunião do COPOM (dia 21 de março), poderia cortar os juros de 6,75% para 6,50%.

“Acelera Brasil”… Ainda ontem, Henrique Meirelles destacou esse crescimento econômico do PIB brasileiro reportado em 2017. “Com a divulgação do resultado do PIB de 2017, o Brasil confirma a saída da pior recessão da sua história”, disse Meirelles em seu Twitter. Para 2018, esperamos um crescimento mais disseminado da indústria e do setor de serviços, além da melhora do mercado de trabalho.

Dados da Fenabrave… As vendas de veículos destinadas ao mercado interno, segundo a Fenabrave, avançaram 0,9% em fevereiro. O resultado foi puxado por automóveis (3,1% M/M), compensando o recuo de motocicletas (-3,2% M/M). Importante salientar: dados que corroboram com esse quadro de recuperação da indústria brasileira.

Na agenda de hoje… O destaque, no front macro, foram os dados do Caged, sobre mercado de trabalho formal. Em janeiro, foram criados 77,8 mil vagas. Em 12 meses, o saldo acumulado voltou a ficar positivo: 83,5 mil vagas. É o melhor resultado para o período desde 2012. Enfim, números fortes que reforçam a tendência de recuperação dos empregos.

E os mercados hoje? O Diante de um cenário externo mais negativo, temos um viés mais negativo para o início desta sessão, com bolsa em baixa, e pressões altistas nos mercados de câmbio e juros. Sem grandes eventos no front doméstico, o exterior seguirá sendo importante para definir os rumos daqui.

Rafael Gad Passos – Equipe Econômica


Sobre o fechamento do último pregão:

Ibovespa: 0,03%, aos 85.377 pontos;
Real/Dólar: +0,12%, cotado a R$3,252;
Dólar Index: -0,32%, 10,324;
DI Jan/21: +00 pontos base, 8,450%;
S&P 500: -1,33% aos 2.678 pontos.

Fonte: Bloomberg. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg


EMPRESAS:

Setor de Mineração & Siderurgia: Donald Trump de cobrar tarifa de 25% sobre a importação de aço.
Impacto: Marginalmente Negativo.

Luis Gustavo Pereira – Estrategista


Jornais:

Folha de São Paulo
– Após dois anos em queda, PIB brasileiro cresce 1% em 2017
– Petrobras decide vender Liquigás na Bolsa após veto
– Rivais veem Lula isolado e aceno ao partido de Temer
– Trump vai impor taxa de importação de 25% sobre o aço

O Estado de São Paulo
– País cria 77,8 mil empregos no melhor janeiro em 3 anos
– PIB cresce 1% em 2017 impulsionado pelo câmbio
– “Recuperação está extremamente lenta”, diz Pastore
– Estados podem ficar sem verba de segurança

O Globo
– PIB cresce 1% e país precisa de mais três anos para se recuperar
– Época: Marcelo Odebrecht age para reduzir pena
– Segurança dá o tom da campanha política
– Rio tem recordes de mortes em confronto

Valor Econômico
– Montadoras vão investir US$ 30 bilhões até 2022
– Trump anuncia sobretaxas de aço e alumínio
– PIB cresce 1% e expansão deve continuar
– César Maia não apoia o filho

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