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Mercados por TradingView

Mercados Hoje: extremos estão fortes

5 de junho de 2018
Escrito por Ignacio Crespo
Tempo de leitura: 9 min
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Introdução: O exterior segue mais favorável para ativos de risco. As bolsas sobem na Europa, e o início da sessão americana tende a ser positivo. O petróleo mantém viés baixista, à espera de reunião da Opep neste mês. O minério subiu na China. Na Zona do Euro, dados ainda mostram desaceleração da atividade. No Brasil, governo discute possibilidade de congelamento de preços, temendo mais manifestações. Pesquisa DataPoder360 mostra Bolsonaro (PSL) em 1º, seguido por Ciro Gomes (PDT). Extremos seguem fortes. No front macro, produção industrial veio mais forte do que o esperado pelo mercado (+0,8% m/m e 8,9% a/a).


CENÁRIO EXTERNO: MENOR AVERSÃO A RISCO PREVALECE.

O “básico” sobre os mercados… O petróleo segue com viés baixista no curtíssimo prazo, diante da expectativa de redução de limites à oferta da commodity pela Opep e grandes produtores. O barril do brent oscila ao redor de US$74. Na contramão, o minério de ferro subiu 1,33% na China, cotado a US$66,34/tonelada. O dólar opera estável frente a seus principais pares. As bolsas de Europa sobem, em sua maioria, após altas em Japão e China. Nos EUA, S&P futuro também opera no azul. O momento segue sendo de menor aversão a risco no exterior.

Setor de serviços na China… O índice PMI do setor de serviços veio em linha com o esperado, e manteve-se em 52,9 pontos em maio, o mesmo patamar de abril. Acima de 50 pontos, sinaliza expansão da atividade à frente. Com isso, o PMI composto – que também considera a indústria – manteve-se em 52,3 pontos, sem surpresas.

Setor de serviços na Zona do Euro… Por aqui, o índice PMI do setor de serviços veio ligeiramente abaixo do esperado, e passou de 53,9 pontos em abril para 53,8 em maio. Apesar da desaceleração, segue bem acima dos 50 pontos. E o índice PMI composto manteve-se nos mesmos 54,1 pontos de abril. Neste contexto, o euro se enfraquece frente ao dólar (oscila ao redor de US$1,16).

Na agenda de hoje… Nos EUA, saem 2 índices sobre o setor de serviços de maio (às 10h45, o índice PMI; às 11h, o ISM).


BRASIL: BOLSONARO EM 1º, SEGUIDO POR CIRO GOMES.

Pesquisa DataPoder360… Dados mostram que Jair Bolsonaro (PSL) segue forte na disputa ao Planalto. A depender do cenário testado, oscila entre 21-25%. Ciro Gomes (PDT), em 2º, fica com 11-12%. Marina Silva (Rede) com 6-7%; Fernando Haddad (PT) com 6-8%; e Geraldo Alckmin (PSDB) com 6-7%. Aliás, quando testado João Dória (PSDB) no lugar de Alckmin, o resultado também é fraco: 6% dos votos.

E num eventual 2º turno? 4 cenários foram testados e, em todos, Bolsonaro (PSL) sai vitorioso, com uma vantagem de ao menos 10 pontos percentuais. O caso mais acirrado é contra Marina (Rede): 35% a 25%; com 36% “branco/nulo” e 5% que “não sabe/não respondeu”.

Sobre a pesquisa DataPoder360… Foram entrevistadas 10.500 pessoas de 25 a 31 de maio, por meio de telefonemas para linhas fixas e celulares. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual. O registro no TSE é BR-09186/2018.

Nova pesquisa à frente… No TSE, foi registrada ontem uma nova pesquisa Datafolha. O início da pesquisa será dia 6 (amanhã), e a data prevista de divulgação será dia 10 (domingo). Será de abrangência nacional, com margem de erro máxima de 2 pontos percentuais. Veja aqui o questionário completo.

Afunilamento das pré-candidaturas? Em matéria do Estadão, comenta-se a possibilidade de um afunilamento de candidaturas de “centro-esquerda”, mesmo antes de uma possível união do chamado “centro”. Manuela D’Ávila (PCdoB) admitiu que pode não concorrer, em nome de união entre PDT, PSB e PCdoB, que fortaleceriam Ciro (PDT). Por outro lado, está o autointitulado “polo democrático”, formado por parlamentares do PSDB, DEM, PPS, PSD, PTB e PV e intelectuais.

Manifesto de “centro”… O documento “Por um polo democrático e reformista”, assinado por ao menos 30 pessoas, incluindo FHC, está previsto para ser lançado hoje na Câmara. Suprapartidário, visa diminuir a probabilidade de extremos ganharem as eleições, seja de direita ou esquerda. Registre-se: embora seja tarefa difícil, e ainda pouco provável, FHC tem manifestado a intenção de unir Alckmin (PSDB) e Marina (Rede) em uma mesma chapa.

Política de combustíveis… O tema ainda rende discussões, e não há clareza sobre diversos aspectos. Segundo matéria do Estadão, segurar o preço do diesel, gás e gasolina custaria R$ 30 bi até o fim do ano. E o governo estaria estudando alternativas, tentando diminuir o risco de novas manifestações/paralizações. No O Globo, comenta-se usar o excedente da cessão onerosa para segurar preços de combustíveis. Isto geraria, talvez, algo em torno de R$80 bi. Parece-nos uma “solução” perigosa, dada a incerteza de tais recursos.

Monteiro, na Petrobras… O conselho de administração da empresa elegeu ontem Ivan Monteiro como o seu presidente efetivo, com mandato até 26 de março de 2019, o mesmo prazo de gestão de todos os outros diretores. Monteiro acumulará no período, juntamente com a presidência, a função de Diretor Executivo Financeiro e de Relações com Investidores, cargo que ocupa desde fevereiro de 2015, até que um novo diretor seja eleito pelo conselho para essa função.

Agenda de hoje… No front macro, o destaque é a produção industrial de abril. Subiu 0,8% frente a março, acima dos 0,4% esperados e de -0,1% de abril. Frente a abril de 2017, cresceu 8,9%, acima dos 7,8% esperados, e após 1,3% do mês anterior. O “problema” é que, em maio, o número deve ser bem fraco. Ainda hoje, sai o índice PMI do setor de serviços (10h).

Sobre o Boletim Focus… O mercado revisou o PIB deste ano para baixo, de 2,37% para 2,18%. Para 2019, ainda prevê 3,00%. Em nossa opinião, ainda há espaço para novas revisões baixistas, especialmente neste ano. Para o IPCA, as revisões foram altistas: espera-se 3,65% em 2018, e 4,01% em 2019. A Selic deve terminar este ano em 6,50%, e ir para 8,00% até o final de 2019. O câmbio deve terminar o ano em R$3,50 – o mesmo patamar esperado para o final do próximo ano. Veja aqui o PDF do BC, na íntegra.

E os mercados hoje? Diante de um momento ainda favorável no exterior, ainda manemos um viés mais positivo para os ativos locais. Temos, portanto, algum viés de alta em bolsa. Nos mercados de câmbio e juros, no entanto, ainda somos céticos quanto a melhoras mais substanciais. O CDS de 5 anos do país oscila em torno de 231 pontos base.

Ignacio Crespo – Economista

Sobre o fechamento do último pregão:

Ibovespa: +1,76%, aos 78.596 pontos;
Real/Dólar: -0,53%, cotado a R$3,746;
Dólar Index: -0,13%, 94,038;
DI Jan/21: -05 pontos base, 8,760%;
S&P 500: +0,45% aos 2.747 pontos.

Fonte: Bloomberg. Obs.: a taxa de câmbio utilizada é a referência da Bloomberg. *valores referentes à sessão do dia 31/05.


EMPRESAS:

Eletropaulo: Enel paga R$ 5,5 bi por controle da Eletropaulo
Impacto: Positivo.

Luis Gustavo Pereira – Estrategista


Jornais:

Folha de São Paulo
– Redução no diesel deve retirar R$ 1 bi do transporte
– Tostão e a Copa tática
– Brasil e mais seis querem suspender Venezuela da OEA
– Enel compra a Eletropaulo por R$ 5,5 bilhões e conta pode subir

O Estado de São Paulo
– Segurar preço de diesel, gás e gasolina custaria R$ 30 bilhões
– PCC ataca em MG e RN e põe outros Estados em alerta
– Servidores de ex-territórios podem onerar União em R$ 2 bi
– Esquerda e “centro” querem candidatos únicos

O Globo
– Leilão do pré-sal pode ser usado para segurar preço
– Uma tragédia como a de Pompeia
– STF aponta lentidão da PF e de procuradores
– PF investiga obra em casa de Temer

Valor Econômico
– Dvent compra Walmart no país sem fazer desembolso
– BNDES terá novo modelo para as MPEs
– Leilão do pré-sal deve gerar R$ 3,2 bi
– Novo comando da Petrobras é bem recebido

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